quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Meu adeus ao Facebook - por que abandonei o Facebook?

Algumas coisas são fáceis de se acostumar, difíceis de se largar. Como uma droga poderosa, tomam conta de nós e nos viciam, arrebatando nosso tempo, nossas relações e nossas vidas.
Nasci num mundo sem telefones e sem computadores. Minha rede social era real, palpável, conseguia me relacionar de forma íntima e frequente com todos (sim, todos) meus amigos e familiares, sentir o afeto e o prazer de estar junto dos meus. O mundo era para mim sinônimo de liberdade, espaço a ser explorado, conquistado e vivido.
Conheci o Facebook logo que o mesmo fora lançado nos USA, em 2004. Na época,ele era restrito a universitarios e atraves de um conhecido, consegui um 'convite' e acessava por meio de uma plantaforma americana na intermet. Neste tempo se chamava THEFACEBOOK e era e inglês.
Não demorou muito para ser liberado para 'geral' (qualquer um podia entrar) e estendido a outros paises, inclusive o Brasil, (e agora se chamava FACEBOOK) mas demorou um pouco para ele vencer o Orkut, e quando o fez,o Facebook herdou toda a galera do Orkut,inclusive os fofoqueiros e pertubadores.
Agora o Facebook em português,ali estava eu.
Como todos devem saber, sempre tive forte presença no Facebook, dele usufruindo fartamente sem qualquer preocupação com noções de privacidade e sem preocupar-me com exageros de utilização, para os quais eu sempre encontrei uma justificativa plausível segundo meu próprio julgamento. 
Reconheço que sou um ser comunicativo, necessitado de informação e, sobretudo, de um canal no qual eu possa expressar a profusão de pensamentos, ideias e opiniões que se me acometem impiedosamente,e nem respeitando ao próximo. 
Durante os últimos seis anos, desde que preteri o finado Orkut - que tinha um alcance limitado ao Brasil - em favor do Facebook, a dinâmica da minha vida passou a depender fortemente dele. Graças à sua abrangência, fiz algumas amizades, muitos inimigos e alimentei debates infindáveis sobre os mais variados temas, uns descontraídos, outros tensos,outros agressivos. Todos os meus dias começavam e acabavam com atualizações do seu feed de notícias. Pela linha do tempo compartilhei minhas ideias políticas peculiares, meus pensamentos filosóficos, minhas amarguras, medos, vícios e opiniões,minhas ideologias teológicas e religiosas, difundi a minha arte antipatia e divulguei as minhas criações poéticas e todos os detalhes da minha vida, de viagens a pensamentos, de preferências musicais ao fascínio pelas ciências, sem nunca me preocupar com a exposição ou opinião alheia.
No entanto, o que mais compartilhei no Facebook foi, travestida de todas as coisas já referidas, foi a criação da minha imagem idealizada na minha forma de ver o mundo. 
Por mais que o processo tenha sido involuntário, a verdade é que eu tentava desesperadamente passar a imagem pela qual as pessoas me deveriam ver. N
ão é difícil saber que imagem é essa. Todos conhecem o Milton Rabayoli como protestante incontrolável, insoburdinado, agressivo, o aterrorizador idealista,  o humanista radical amante das filosofias, o entusiasta do ócio criativo e da sociabilidade inebriante. O dilatador de palavras venenosas...
Não que eu não seja isso tudo: decerto tentava apenas apresentar e reforçar a imagem pela qual queria ser visto e conhrcido. Mas ninguém vê o Milton problemático, ranzinza e introspectivo, depressivo e revoltado, desanimado e rancoroso, trivial, imaturo em muitas coisas e instável, decadente e solitário. O Facebook serviu-me como promotor e plantaforma de desenvolvimento deste perfil.
Enquanto 'personalidade' é a sua identidade moldada em seu caráter e valores éticos, 'perfil' um manequim montado por você,que vai apresenta ao mundo a versao disfarçada de voce mesmo. Era isto que eu tinha no Facebook: um perfil.
Porém, o Facebook oportunizou a reaproximação com parentes e amigos que não vemoa amuito tempo. Alguns parentes que sequer conhecia. E tambem trouxe algumas amizades verdadeiras e honestas,sinceras. E tambem trouxe alguma alguma ampliacão para meu trabalho como ministro evangélico e líder religioso. Esse foi o lado bom.
Mas o Face também nos  deu a conhecer um lado do ser humano que eu, pelo menos,  julgava menos presente em nossa sociedade secular e cristã.
O preconceito social, racial,religiosa (este eu mesmo era um que prsticava), a inveja, o despeito,a total desconsideração pelos valores alheios, a ofensa ao próximo,a cobiça, o mexerico junto com a calunia e a fofoca, e o ódio de classe,emtre outros.
Sucumbi à decepção, me deprimi, me irei, odiei, até mesmo quis destruir, e não pude continuar jogando semente em terreno inóspito,pois aquilo estava me enchendo dos piores sentimentos que uma pessoa pode ter. Jamais imaginava o quanto pessoas pretensamente inteligentes ou pelo menos bem informadas pudessem manifestar tanto desprezo pela humanidade (humanidade no sentido humano da palavra), tantos sentimentos medíocres,tanto desrespeito pelo proximo. Numca pensei também que uma rede social que poderia ser uma grande ferramenta de evangelização evangelização pregação do Evangelho estava se tornando a ferramenta numero um.para afastar as pessoas da prática do culto racional e até mesmo de Deus.
Sinceramente,por nao ser bom ator,não lido bem com a hipocrisia e a falsidade. E ali no Facebook eu estava me tornando perito na arte de fingimento.
Não consigo engolir pessoas que ostentam suas conquistas para humilhar outras.
Não consigo engolir o exibicionismo barato de gente que não tem nem onde cair vivo (pois morto cai em qualquer lugar) mas se exibe NA rede social com ostentação adquirida a diras prestações... Por exemplo, o individuo que mal tem o que comer em casa,mas ostenta a foto com aquele IPOD de cinco mil reais.
E muito menos consigo tolerar aquelas pessoas que,de alguma forma,conseguem títulos na hierarquia eclesiástica,e ao invés de exercerem seus ministérios na obra, estão no Facebook exibindo suas credeciais e diplomas ( alguns de fonte legalmente duvidosa), querendo atrair o holofote e a reverência dos que 'são leigos'.
Tolerar aquele 'pessoal' que está no Face para bisbilhotar a vida alheia, e sendo autores de fofocas,a maioria baseadas em calunias, promovendo a difamação das pessoas de bem,para mim,já era missão impossivel. 
E quando eu via nas listas de amigos dos tais perfis,um adicionando o outro,na rede social social querendo demonstrar amizade e companheirismo,sendo que na esquecida vida real, o que existe é rancor,mágoa, rancor,inimizade desfarçada de falsidade... meu estomago chega a embrulhar...
Isto sem falar do mal que o Facebook causa a qualquer pessoa, em algumas áreas,as quais enumero aqui:
1- Tira o tempo das pessoas para as relações humanas e familiares.
2- Tira o tempo das pessoas para sua relação com Deus(consagração,leitura da Bíblia, culto doméstico e na igreja, evangelismo,etc).
3- Tira o tempo para o lazer real.
4- Tira o tempo para o estudo e crescimento.
5- Tira o tempo até para o sexo e o repouso.
6- Atrapalha o desempenho profissional.
7- Causa acidentes e até fatalidades.
8- Destrói confiança entre os conjugues e até insere mais alguém no relacionamento do casal. Quantos casamentos desfeitos por traições que vieram por meio daquela amizade da rede social?
10- Expõe membros da familia ao perigo constante.
11- Expõe fatos particulares da sua vida,as quais Não dizem respeito à mais ninguém,a Não ser a você mesmo.
E por ai vai....
A verdade é: O Facebook me fez desprezar pessoas próximas e distantes, e amar mais os cães e gatos. Porque até um cão tem mais coração que muitas pessoas do Facebook.
E o agravante do Facebook em mim era a metamorfose a qual eu estava submetido de forma virtual... Criei um perfil no Face onde era visto como ditador, frio, sem coração, prepotente, que nao respeitava a ninguém e capaz de esmagar quem discordar de de minhas colocações. Um barraqueiro do Facebook, cujas palavras eram capazes de ferir e  magoar a qualquer pessoa,sem me importar com quem fosse. Distante e ausente de tudo e de todos,no fundo me achando um ser superior. Porém, o problema era que comecei a perceber que aquelas características negativas do meu perfilbvirtual estavam se misturando a minha personalidade. E assim,me transformando nesta mesma quimera na vida real.
Não me venha dizer: ' eu uso Facebook para evangelizar'... Fala sério... Evangelizar quem mas madrugadas? E cade estes ' evangekizados'?
Quando estamos no Facebook,estamos sujeito a e tudo e ao alcance de todos. Se ainda nao caiu numa cilada (além do vício de ficar tanto tempo ONLINE no Face),esteja atento: LOGO VOCÊ VAI CAIR EM ALGUMA ARMADILHA. É tudo só uma questão de tempo...
Facebook é sim, um veneno a vida espirtual. Não se engane.
Sou do tempo que não existia nem a Internet. Telefone fixo era uma ostentação luxuosa. Ter um saudoso 386 Dx100 em casa era coisa de Sílvio Santos para lá... Eu vi e usei aqueles celulares megazóicos... o tijolão... Wifi era uma palavra que ainda nao existia.
Mas tínhamos vida real... a nossa rede social era a nossa covivencia com os colegas...
Não preciso de Facebook para viver... São muitos malefícios para poucos benefícios... Não compensa... 
Sai do Facebook,onde muitas vezes chorei de aborrecimento... Lamentei... me deprimi... e estava me transformando numa espécie de retardado tecnológico.... e estava perdendo minha fé e minha comunhão com Deus.
Sai do Facebook Para me salvar a minha comunhão espiritual, para salvar a minha essencia como pessoa e por amor e respeito aos que me amam.
Para os que vão me dizer que eu não sabia usar o Facebook,digo:NINGUÉM SABE... USAR FACEBOOK É COMO MEXER COM CASCAVÉL... MAIS CEDO OU MAIS TARDE, SERÁ PICADO, ENVENENADO E EXTERMINADO. É TUDO UMA QUESTÃO DE TEMPO...

Encerro mencionando o curioso  versículo 15 do Salmo 25: " OS MEUS OLHOS ESTARÃO CONTINUAMENTE NO SENHOR,POIS ELE TIRARÁ MEUS PÉS DA REDE".
Com o que "olhamos" Facebook? 
De onde o Senhor livra nossos pés (base de nossa vida,é com os pés que temos equilibrio paea ficarmos de pé)?
E Facebook é uma ... social?
REDE É PARA PRENDER... UMA FORMA DE ARMADILHA...

E uma pergunta que não quer a falar... O que um gnostico cientifico ateista, que detesta a fé cristã,  poderia produzir de bom para a vida dos cristãos e para as famílias?
Mark Zuckerberg,o criador do Facebook, é exatamente o que esta descrito no paragrafo anterior... E o Salmo 1 nos diz: BEM AVENTURADO O VARAO QUE NÃO SE ASSENTA NA TODA DOS ESCARNECEDORES E ANDA NO CONSELHO DOS IMPIOS!